O tempo vai passando por cima da gente, e não o oposto: muita coisa acontece - a tendência é a de que os sentimentos fiquem para trás, à margem do caminho que trilhamos. Acho que talvez por isso seja mesmo difícil manter, autenticamente, as postagens em um blog: acabamos caindo num fast-food da memória - passagens rápidas, agenda, comentários leves, histórias.
Ainda assim, vejo-me obrigado a relembrar os difusos propósitos iniciais: discorrer acerca das aventuras (e desventuras) que vivemos juntos, enquanto coletividade Malditas Ovelhas!
A passagem pela capital foi um trator em nossa história - assim imagino. Pude perceber sutilezas comportamentais e padrões até então ignorados se repetindo em nosso caminho.
Muita coisa aprendemos nestes dias por lá - hora juntos, hora separados. A geografia paulistana é realmente peculiar. Ela é capaz de me evocar um romantismo piegas, uma vontade de conhecê-la, de saber como chegar em qualquer lugar a partir de qualquer lugar - é sempre um prazer medonho perambular por São Paulo... E fizemos muito disso nestes dias.
Theodoro Sampaio nos rendeu novas aquisições, diga-se de passagem.
As 4 apresentações ocorreram como planejado - fomos excelentemente bem rebecidos em todos os lugares e a companhia da Sarah e do Felipe garantiram uma qualidade sempre superior às apresetanções, uma vez que podiamos nos concentrar mais na música de fato ao invés das outras milhões de coisas a se fazer: trabalho dividido com nossos companheiros.
Há outra companhia que muito me agradou neste interím: a do amigo Pedro Pracchia - a partir destes dias pudemos de fato vislumbrar afinidades até então veladas; apesar de escasso e corrido, o tempo foi suficiente para saber que de mais tempo necessitamos: eis algo passível de se construir.
Voltar de São Paulo teve pra mim quase o mesmo peso que voltar de Londres 6 meses depois... uma melancolia silenciosa nos tomou de assalto e, domir, (cabeças apoiadas no ombro amigo) foi tudo que pudemos fazer.