segunda-feira, 6 de abril de 2009

Na sequência

Ainda sem bases muito definidas - minhas esperanças residem na compreensão que o processo em sí carrega - venho subir uma postagem sobre nossa ida (não tão recente) à Sorocaba, onde participamos do Grito Rock. Lá vai:

Novas Paragens: 1 - Grito Rock Sorocaba


Uma viagem não muito longa - mas também não muito curta - nos levou até a cidade de Sorocaba; pouco mais de 200 Km percorridos no golzinho lotado. Chegamos - como de praxe - quase atrasados: o evento já começara e a terceira banda já ia armando seu palco.

O lugar: Usina Cultural Sorocabana; um galpãozinho desativado que transformou-se em um (belo) local de eventos - situa-se próxima a margem de um rio que passa pela cidade. A decoração exterior do local - de bastante bom gosto - confere-lhe um lugar naquelas fotinhos pilantras de cidades que aparecem entre os blocos do "Programa do Jô". Por dentro uma arquibancada atrás (com lugar para aproximadamente 100 pessoas) e um espaço na frente para quem preferir ficar em pé, totalizando espaço para umas 200 pessoas.

Simultaneamente às apresentações do Grito, um pessoal da cidade organizou uma iniciativa bem bacana do lado de fora; usando dois geradores adquiridos coletivamente através de rateio entre bandas e interessados locais, outro "palco" fora montado, e mais som rolava no intervalo entre as trocas de banda. A aquisição dos geradores – que são movidos à gasolina – é parte de um plano de ocupação de espaços públicos inusitados, empreendido de forma coletiva - é possível apresentar-se em qualquer lugar, a despeito da barulheira dos motores funcionando.

Tínhamos direito a uma quantidade razoável de cerveja, e não tardou para que chegasse a hora de nossa apresentação (um eufemismo para a possibilidade de já estarmos consideravelmente "altos" em tal hora) - éramos a sexta banda, se não me engano. O pessoal do som estava um pouco confuso e se complicou de vez com nossas "exigências" não muito convencionais; procura microfone, cabo zuado, canal trocado. Peguei uma caneta e fui o operador da mesa durante as três primeiras músicas. Com tudo já encaminhado, fui para o palco também, dar minha contribuição de maluquice. Umas 10 músicas preencheram o espaço que nos era destinado - por volta de 50 pessoas assistiram-nos de perto, sentadas na arquibancada. Entre as pessoas, duas amigas "de lá", uma das quais nos recebeu maravilhosamente em sua bastante confortável casa, em Araçoiaba da Serra.

A organização do evento - salve pessoal do Rock Alive! - desde o primeiro momento mostrou-se extremamente solícita para conosco. Não pudemos conversar muito - correrias e cansaços batendo - mas pudemos sentir claramente a plena disposição do caras a "fazer"; todo mundo suando a camisa, deu pra ver que a galera tem perna para abraçar eventos de porte considerável, sem deixar a desejar.

No mais, vimos uns acordes do esperado "Instiga" - salve! - e nos mandamos. Mais tarde, um de nós que ficou, aplicou um clássico "escambo de material" com os caras e tá lá, o "Tenho uma Banda", rodando e rodando no rádio.

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